TRT do Ceará: Literatura de cordel em debate sobre igualdade de gênero

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A proposta foi promover uma reflexão profunda sobre os desafios da igualdade de gênero, utilizando a literatura de cordel como ferramenta de diálogo. 

Duas mulheres sorrindo e segurando livros em um evento.

28/8/2025 – A Escola Judicial (Ejud7) do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (TRT-CE), em parceria com o Subcomitê de Incentivo à Participação Institucional Feminina e de Igualdade de Gênero, promoveu no dia 26 de agosto uma palestra e roda de conversa sobre igualdade feminina e o enfrentamento à violência contra a mulher. A atividade, que ocorreu em formato híbrido, foi conduzida pela cordelista Julie Ane Oliveira Silva.

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O evento, voltado para magistrados(as) e servidores(as), integrou a programação em celebração ao Dia Internacional da Igualdade Feminina. A proposta foi promover uma reflexão profunda sobre os desafios da igualdade de gênero, utilizando a literatura de cordel como ferramenta de diálogo. Segundo a cordelista Julie Oliveira, a arte popular é capaz de condensar a “memória coletiva de um povo e ser um meio de denúncia e de esperança”.

A coordenadora da biblioteca do TRT-CE, Rejane Albuquerque, pontuou que o objetivo da equidade não é fazer com que as mulheres sejam melhores que os homens, mas sim que possam “caminhar lado a lado em uma sociedade justa, que tenha seus direitos garantidos”. A assessora de governança do Tribunal lembrou que, no passado, a participação feminina na literatura era bastante restrita e que o avanço nos direitos das mulheres é um processo contínuo e importante.

O debate também contou com a valiosa participação de servidores e magistrado. O juiz do trabalho Rafael Xerez, por exemplo, ressaltou que a busca pela igualdade exige uma mudança de postura por parte dos homens, que muitas vezes se limitam em suas funções e transferem responsabilidades para as mulheres. A título de exemplificação, o magistrado destacou a importância da participação dos pais na educação dos filhos, citando o machismo presente no ato de “rotular” a tarefa de ir a reuniões escolares como algo exclusivo das mães.

“O meu nome é Julie Oliveira

Eu sou poeta e cordelista menina

Há em mim múltiplas cores

Eu aprendo no dia-a-dia, eu já venci algumas dores

Eu sou brisa e eu sou furacão, isso eu afirmo senhores

 De luta e de alegria é feita a minha jornada

Lutando por equidade, eu sigo bem acompanhada

Os nossos versos representam artilharia pesada

Eu sou do cordel de mulher, uma nova geração

Que com verso e competência, rima, métrica e oração

conquistamos nosso espaço e seguimos em união

Eu escrevo, eu escrevo pra inspirar e pra exaltar a mulher

Pra lembrar que nós podemos ser quem a gente quiser

Que a nossa força é imensa para o que der e vier

Eu acredito nas palavras e no poder da união

Eu carrego em mim a beleza e a força do sertão

Eu sou uma mulher que escreve

Que com uma caneta se atreve a fazer uma revolução.”

Ao final do evento, a cordelista, que se autodenomina “uma mulher que escreve e com uma caneta se atreve a fazer uma revolução”, disponibilizou algumas de suas obras para venda, inspirando os participantes a se aprofundarem na temática e em seu trabalho.

Fonte: TRT da 7ª Região
 

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