TRT-SC estuda remanejamento de VTs e transformação de unidades físicas em virtuais

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Medidas seriam alternativa para equilibrar carga de trabalho no primeiro grau, após liminar do CNJ que suspendeu implantação do sistema de equalização.
 

Mosaico mostrando fotos das fachadas de quatro varas do trabalho, conectadas.

1/9/2025 – O presidente do TRT-SC, desembargador Amarildo Carlos de Lima, informou que precisará adotar outras medidas capazes de equilibrar a distribuição de processos na Justiça do Trabalho de Santa Catarina, caso o Pleno do CNJ decida invalidar o sistema de equalização da carga de trabalho.  A implantação do Projeto de Equalização, que deveria iniciar nesta segunda-feira (1/9), foi suspensa por liminar do CNJ a pedido da OAB de Santa Catarina.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (1/9), durante sessão administrativa do Tribunal Pleno do TRT-SC. A ideia seria transformar duas varas do trabalho em Núcleos de Justiça 4.0, unidades virtuais autorizadas a julgar processos de todo o estado, e remanejar outras duas para Itapema e Palhoça, que estão sobrecarregadas.

As unidades escolhidas para desempenhar essa função seriam as de Indaial, Curitibanos, Timbó e Fraiburgo, em razão da menor movimentação processual. A título de exemplo, a VT de Timbó recebeu 648 novos processos no ano passado, 28% do volume de Itapema, que registrou 2.348 casos. A média anual da 12ª Região é de 1.433 processos por unidade.

“As novas medidas, infelizmente, vão afetar a vida de servidores, servidoras, juízas, juízes, jurisdicionados e mesmo da advocacia, o que não ocorreria com o projeto contestado no CNJ.  Com o remanejamento de unidades, perderemos a capilaridade da Justiça do Trabalho em Santa Catarina, e servidores terão seus locais de trabalho alterados. Esperamos que a medida não seja necessária”, lamentou o presidente.

Déficit

O presidente alertou ainda para o déficit de servidores, fato que exigiria uma ação da Administração para atenuar a sobrecarga de trabalho. “Temos atualmente 135 cargos vagos e outros 169 que podem ficar vagos, com perspectiva de aposentadorias pelos próximos dois ou três anos. Vamos considerar que consigamos repor 50 pessoas, teríamos ainda um déficit de 250, e com um volume de processos aumentando a cada ano”, disse Amarildo de Lima.

Os desembargadores da Administração também se pronunciaram sobre a questão. A vice-presidente, Quézia Gonzalez, disse ver com “preocupação” a suspensão da equalização, já que ela evitaria mudanças na lotação das pessoas.

O corregedor, Narbal Fileti, lembrou que a atual carga de trabalho de determinadas unidades fará “juízes e servidores adoecerem” caso não seja adotada alguma medida. E reforçou que a equalização já funciona há alguns anos tanto na Justiça Estadual quanto na Justiça Federal, sem óbices por parte da OAB-SC.

 

Fonte: TRT da 12ª Região

 

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